Bom, depois do TYVEK, vem agora a avaliação de outro "papel" à prova d'água: o ZECOM.
Segundo a empresa que me enviou algumas amostras para apreciação (a empresa chama VIP, www.weatherwriter.com), o Zecom é um material artificial totalmente à prova d'água, projetado para ser usado em situações de extremo calor. Pode ser impresso em impressoras Laser, sem deformar, e até usado em offset.
Realmente o material é bastante resistente, e fácil de escrever com lápis, mas... não é bom na hora de apagar. Vejam as imagems:
Então, esqueçam do Zecom. O que é uma coisa boa, porque esse trem é caro. Por exemplo, um pacote com 20 folhas brancas A4, custa quase 10 libras ! Sem contar a postagem.
Nisso todo mundo fica se perguntando: E agora? O Tyvek não dá pra imprimir, o Rite in the Rain é um desgraça pra apagar, o Zecom também, então o que fazer?
A resposta está na mesma espresa, que faz um outro tipo de "papel" à prova d'água, feito de polipropileno, que não pode ser usado em impressoras laser (vai derreter), mas que já vem em folhas A5, em branco, com pauta ou quadriculado. Recebi algumas folhas desse material também. Vamos aos resultados dos testes:
Primeiro a seco: dá pra escrever e apagar com lápis numa boa, mas é bom usar um grafite macio (o 2B foi bem, mas o 4B é o ideal).
Depois, com água. Também foi tudo tranquilo, escrever e apagar.
Em resumo: esse papel deles, de polipropileno, é muibo bom pra usar em mapeamento de cavernas ou trabalhos de campo onde haja muita água. O material não fica translúcido e dá pra escrever a apagar tranquilamente com lápis macio.
Como é um material plástico, deve-se tomar o cuidado de usar uma pasta ou outro tipo de proteção, porque se ficar esfregando na pele, vai apagar (alguém já fez isso)... Também não pode ficar perto de chama, senão vai derreter (alguém também já fez isso)...
Alguns materiais interessantes dessa empresa:
Papel A5, pautado
Papel A5, quadriculado
Pranchetinha (binder) A5, capacidade de 100 folhas
E o preço?? Bom eu acho que é compatível com a Rite in the Rain. O pacote de 50 folhas do papel A5 custa 5,85 libras e a prancheta 5,99 libras (incluindo os impostos, o preço que aparece no site é menor, os impostos só são calculados quando é feito um pedido), o que dá uns 10-12 dólares, mais umas 5-6 libras de postagem.
Eu vou comprar uma pra mim.
quarta-feira, 30 de maio de 2007
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WaterProof Paper 2 |
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Palm T|X |
Depois de muito ponderar, relutar e tentar me convencer que não valia a pena, não consegui mais resistir e cedi à tentação tecno-consumista e comprei um PDA. Pra quem não sabe, PDA significa Personal Digital Assistant, também conhecido como Hendheld, computador de mão, ou simplesmente Palm, já que a primeira marca a ficar realmente famosa foi o PalmTop, da antiga Palm, que depois virou PalmSource, e agora foi vendida aos japoneses e passou a se chamar Palm One.
Pois então, comprei um Palm T|X, que é um dos únicos [dois] modelos da Palm no mercado, e um dos poucos por aí que não usa Windows (desgraça) como sistema operacional. O bichinho não é lá muito barato, mesmo aqui na Inglaterra (na verdade os ingleses sofrem um pouco do que a gente sofre com produtos importados, aqui as coisas eletrônicas também são mais caras que na Hamburgerlândia). O preço médio por aqui é de 200 libras (uns 400 dólares), mas achei um no eBay por menos de 130, incluindo postagem. Já que o PNC financeiro estava ligado no momento, aproveitei e comprei um cartão de memória SD+USB, a capinha metálica, e um livro de geologia, que não tem nada a ver com o palm.
Olha só:
Esse é o danado, na capinha metálica. Não dá pra ver muito bem, mas na tela é uma imagem do Google Maps, rodando via conexão WiFi.
Na próxima imagem dá pra ver um pouco melhor:
Tá vendo? Esse carro vermelho é o carro da Mary, a dona da casa onde moro.
Por fim, multimídia. Apesar do TX já vir com um Pocket Tunes e um MediaPlayer dele (acho que é da Micro$$oft) (desgraça), os programinhas não dão conta do recado. O Pocket Tunes funciona, mas eu não consigo gostar do jeito dele funcionar, criando mil e uma playlists pra cada disco, etc. O MediaPlayer não consegue tocar a maioria dos filmes que tentei (desgraça). Então fazer o quê? Fuçar no google até achar alguma coisa melhor. Aí eu achei o Kinoma Player e o TCPMP (The Core Pocket Media Player) ambos muito bons.
A imagem seguite é o TCPMP em modo tela cheia widescreen rodando um videozinho .avi (propaganda da Fedex):
O reflexo na tela aparece na foto, mas pra assistir vai de boa.
Em suma: diversão garantida!
sexta-feira, 25 de maio de 2007
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TYVEK Paper |
Muito bom, chegaram as folhas de TYVEK que eu encomendei.
Pra quem não sabe, TYVEK é uma marca registrada da DuPont, e é um material sintético feito de fibras de polietileno prensadas. Sua construção permite a passagem de vapor de água mas não de líquidos, então suas apliações vão desde capas protetoras para carros até barreiras químicas e bio-químicas. A minha intenção é testar o material para ser usado em mapeamentos de cavernas com muita água (em lugar do papel, que tem desvantagens óbvias nesse caso).
http://en.wikipedia.org/wiki/Tyvek
1 - Preço $$
Eu comprei um pacote de 25 folhas em tamanho A4 no eBay por 2.5 libras (mais 1 libra de postagem), o que dá 0.14 cada folha (mais ou menos R$ 0,55 por folha).
O endereço da loja virtual é esse:
http://stores.ebay.co.uk/...
2 - O material
O TYVEK 100gsm tem mais ou menos a mesma espessura de uma folha sulfite comum, uma textura levemente sedosa, e olhando meio de lado dá pra ver o emaranhado de fibras. Realmente é um material muito resistente, difícil de rasgar, mas fácil de cortar com tesoura.
3 - Testes
O primeiro teste que fiz foi com o material seco, usando caneta esferográfica e lapiseiras 0.5mm e 0.7mm, com grafite HB e B:
Dá pra ver que é melhor escrever com grafite macio, de preferência B ou 2B.
Depois eu coloquei a folha dentro d'água:
Vejam que a caneta não borra (talvez um pouco, mas nem dá pra notar), o material não fica transparente (como acontece com o poliéster) e também não há marcas de infiltração nas bordas do papel (como com o Rite in the Rain)
Depois de retirado da água, o TYVEK seca absurdamente rápido, se você passar um pano por cima, é praticamente instantâneo. Lavou, tá novo. O material também não muda depois de molhado, ou seja, não fica ensopado, não muda de textura, nada, fica igual antes de molhar.
Um último teste, apagar o que foi escrito.
Na minha opinião, apesar do papel da Rite in the Rain ser bom e muito conhecido, o grande problema é apagar alguma coisa que você escreveu com lápis. Simplesmente fica uma desgraça, tudo borrado, se estiver molhado então...
Vejamos o que aconteceu:
Pois é, o trem é bão mesmo. Dá pra apagar numa boa, inclusive de baixo d'água. Não borra, não deixa marca.
Em resumo: VALE A PENA!
Claro que tudo tem seus prós e contras: As folhas (pelo menos as de 100gsm) não podem ser usadas em impressoras Laser (em jato de tinta deve funcionar, mas acho que a tinta deve borrar quando molhada) e a folha vem em branco, sem linhas ou quadriculado que tanto nos ajudam na hora de desenhar os mapas das cavernas. Talvez uma gramatura maior já possa ser impressa, aí fica fácil.
quinta-feira, 24 de maio de 2007
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This is Kingston |
Bão, então pra ninguém ficar reclamando que eu não falo nada da cidade onde estou morando, lá vai:
http://en.wikipedia.org/wiki/Kingston_Upon_Thames
certo?
algumas imagens locais:
essa incrível escultura leva o título de "Out of order"
o famoso Street Market, dominado pelos Irlandeses
Acre Road, outdoor do Brasil
Kingston Bridge
The Druids Head, um Pub simpático
segunda-feira, 21 de maio de 2007
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ID please? |
Até que enfim! Demorou mas finalmente chegou meu ID card da KU (Kingston University, seus pervertidos). Agora sou oficialmente parte do Staff.
Como se isso fosse mudar alguma coisa.. a parte boa é que eu posso tomar café na lanchonete dos professores (é.. tem uma separada só pra professores e pós-graduandos... eita povo fresco).
ó.. eu que fiz.
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Mind the gap |
Quanta boiolagem. Um blog pessoal, fala sério.
Pois é, essa deve ser a maneira mais fácil de meio mundo ficar sabendo tudo (ou quase tudo) que acontece e deixa de acontecer comigo, Carlos Grohmann, vulgo Guâno, em uma temporada de seis meses (maio-outubro de 2007) para uma bolsa de doutorado-sanduíche na Kingston University, Iglaterra.
The Big F****** Ben
Domingo, 6 de maio: chegada no aeroporto de Heatrow
Londres: Muito frio, cerca de 10 graus no domingo de manhã. Metrô até o albergue, uma voltinha pela vizinhança e cama, que um voô de 10 horas sem dormir e 4 horas de fuso horário cansam.
Segunda-feira, feriado bancário: sem muitas opções, já que a universidade estaria fechada, fui fazer um passeio turístico junto com outro brasileiro que estava no albergue. Palácio de Buckingham (chuva), troca da guarda (chuva, com direito à banda da guarda tocar o tema de indiana Jones! ridículo!), casas do parlamento+abadia de Westminser+Big Ben (chuva), uma passada pelo museu de arte moderna (Modern Tate) e pela torre de londres (sem chuva).
Terça-feira: Como a reunião com o orientador daqui estava marcada para quarta, vim até Kingston upon Thames (a cidade onde fica a universidade) para procurar um lugar para morar. Na universidade me disseram que a melhor opção seria um esquema de Landlord (ou Landlady), que basicamente é uma pessoa que te aluga um quarto na casa dele, assim fica mais fácil acertar um contrato temporário, já que as outras opções sempre pedem contratos de 12 meses. Consegui um quarto bem localizado, perto da universidade (se bem que tudo é perto aqui, a cidade é minúscula), por 375 libras por mês, com direito a internet.
Não é o mais barato, mas pelo menos não preciso me preocupar com roupas de cama, toalhas, e nem com transporte. Além disso, como sou brasileiro e minha Landlady morou no Brasil uns 30 anos atrás, ela não me cobrou um depósito que normalmente é cobrado, de cerca de 100-200 libras.
As fotos dão uma idéia do lugar, da rua onde fica a casa (uma das fotos está escura porque era umas 20:30, anoitece tarde por aqui) .
Elm Road, Kingston-upon-Thames
Localização privilegiada
Na quarta fui conhecer meu orientador, um cara muito legal, me mostrou o prédio da universidade, onde vai ser minha sala etc. Depois demos entrada na papelada. Como eu não sou aluno regular daqui, mas paguei uma taxa administrativa, eu tinha que ter um contrato (e um cargo). No final a única opção que eles acharam foi me "contratar" como Pesquisador Visitante (o que vai ficar bonito no meu currículo). Apesar de ter assinado a papelada na quarta, ainda não tenho o número de ID, então não tenho acesso à rede da universidade.
Quinta e sexta eu fiquei trabalhando nas coisas do doutorado, abri uma conta no banco pra poder receber a bolsa e hoje (sábado) colocamos um novo roteador aqui na casa, então agora eu tenho acesso wireless do meu quarto.
Por enquanto é só.
Mais notícias no futuro próximo